O Pontilhão levado pela enchente a mais de 3 (três) anos
voltou a desarmonizar a beleza natural do rio Baiano e instalar-se no veio do
rio em total confronto com as leis de preservação ambiental, além da sua
inutilidade pública; vez que não melhora em nada a locomoção de quem quer que
seja que irá utilizar aquela via inútil; e ainda corre o risco de voltar a
navegar rio abaixo numa próxima cheia. Ao menos servirá de atração turística e
de apostas: o rio levará de novo ou não levará? Com absoluta certeza, na próxima
cheia, estarei lá na torcida para que ninguém esteja em cima do pontilhão e
aquela nave louca deslize rio abaixo rumo ao feijão cru e se instale
definitivamente aonde seria a estação de tratamento da rede de esgoto, para que
no futuro nos lembremos dessas duas mazelas. Serão dois monumentos ao
desperdício do erário público, num mesmo local! Fora os bequinhos e jardinzinhos. Aplausos!
O Pontilhão abandonado e jogado às traças caraterizava crime
enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal de forma inequívoca. O descaso patente comprometia o Partido, a imagem da Senadora que a inaugurou e até poderia repercutir na candidatura à presidência de Eduardo Campos, e também; muito embora, que a impunidade ainda reina no
País; assistimos com mais frequências alguns apostadores da tese do poder
absoluto aparecer na mídia devidamente algemados, mas, alguns assessores mais
atentos, não apostam tanto, preferem
remendar!
Por incrível que pareça, ainda tem gente querendo ser o titular da
fantástica ideia do remendo!
Felizmente a Lei não faz distinção entre maior ou menor
mazela, entre pequena ou grande apropriação indébita e muito menos se a
negligência foi simplória ou de grande significado. A lei existe para proteger
o cidadão de qualquer que seja o ato ilícito independentemente do seu porte.
Agora, ou lá na frente, quando o País rumar definitivamente
para a moralidade pública, os imorais serão devidamente notificados, como estão
sendo os torturadores das guerras e das ditaduras, atualmente, e, com toda
certeza do mundo, os seus descendentes não terão nada do que se orgulhar. Lá, da
esfera imaterial, eles assistirão o desprezo que a humanidade terá por eles,
assim como temos ainda hoje, pelos vilões da nossa história.
A verdadeira prestação de contas é mais séria que a dos
falsos números contábeis apresentados ao ingênuo e despreparado povo.
Assim como eles amargam prejuízos; maiores que o que
arrecadam nos bastidores; o mal causado indiretamente ou diretamente, fruto
dessas ações, será refletido no consciente de cada um deles, e, como um pingo
d’água, incessantemente tocando o solo, provocando o ruído constante e
irritador se propagará indefinidamente nessas mentes maldosas, até o
compadecimento do verdadeiramente Poderoso, que, pela intensa lista de atos desumanos praticados, certamente
levará uma eternidade, para julgar.
Com absoluta certeza, a maledicente dirá: quanto ódio nesse
pronunciamento. Ledo engano! É amor verdadeiro pelos fracos e oprimidos,
totalmente expostos e desamparados, a merce dos corvos festeiros que arrebatam o alimento principal e ainda fazem suas vítimas parecerem saciadas com as migalhas que lhes dão de resto. É também a verdade pura e dura, ou se espera que os opressores e torturadores dos próprios semelhantes, galguem o paraíso como recompensa? Não, eles até voltarão na pele dos que eles mais odeiam: os seus próprios puxa-sacos, mas um dia, mesmo que demore uma eternidade, serão perdoados.