Um município que está entre os mais pobres do País, com uma
dívida consolidada de mais de 4 milhões de reais; devendo INSS, PASEP,
PRECATÓRIOS, e até EMBASA, além de ter
passado por um período crítico de seca por mais de 3 anos, não pode dar ao luxo
de estar bancando festival de música ao custo altíssimo e sem retorno algum.
Andaraí precisa de incentivos à agricultura, de investimentos
em turismo planejado, de melhor estrutura educacional, de rede de esgoto decente,
de atividades de esporte e lazer assistida, de moradias dignas que não 18 casas
do projeto minha casa minha vida distribuídas entre correligionários políticos,
de reforma do estádio com a verba completa destinada para tal, da definição
legal da atividade de garimpo, de atividade geradora de emprego e renda, para
acabar com os empregos de favores políticos e nomear as pessoas concursadas, e
tantas outras situações mais, que no final, Andaraí precisa mesmo é de um
administrador de causas públicas e de pessoas e não de um administrador de gado de
puxa sacos e de oportunistas de carteirinhas.
É Andaraí! 30 anos de decadência provada em números e
visivelmente a olho nu, basta ver o termômetro das feiras livres e constatar o
rombo. Em comparação com os nossos
vizinhos é vergonhosa a administração 100%: O nosso PIB; o que produzimos no município, médio, por pessoa; é
de R$2.858,56. Itaeté: R$3.402,00; Palmeiras: R$3.916,00; Wagner: R$4.107,00. Mucugê:
13.958,00 (Parabéns a Ana e Fernando, vocês são contra argumento para oportunistas) e por incrível que pareça, Nova Redenção, ex distrito de Andaraí,
têm o PIB maior que o nosso: R$2.979,56.
É Andaraí! O Povo vai ao festival e eles fazem a festa. Todos
os artistas são maravilhosos, vêm fazer a parte que lhes cabe e nada têm com os
problemas locais, eles não sabem que o cachê completo leva o valor das 18 casas
construídas pelo projeto Minha Casa Minha Vida; únicas em toda existência. Os
demais gastos dariam para pagar a conta de Água que o município tem com a
EMBASA, sobraria para honrar os precatórios; direito líquido e certo; e ainda
mais alguns trocados para construir alguns sanitários em residências carentes,
que não fosse com o material tirado do estádio de futebol.
É Andaraí! Isso aqui é somente o exercício do ditado “água
mole em pedra dura..” Todos aos festival! E, lá em Igatu, inspirem-se nas duas
reflexões possíveis que podem ser aplicadas ao município: uma na euforia do
festival e a outra no dia seguinte ao término da festa, assim, quem sabe, você acorda
pra realidade!
Andaraí Livre, Igatu será a casa de todos os artistas do
Planeta, todos refestelando, com orquídeas e água cristalina.
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