A única esperança de ver esse quadro crítico da política brasileira
mudar seria a eleição de Marina Silva, aquela candidata da eleição passada que
obteve 20 milhões de votos. Depois que
ela tomou a decisão de apoiar a candidatura Eduardo Campos, fui analisar que
foi a melhor coisa que aconteceu para o Brasil. Marina mostrou a tempo o lado
que ninguém conhecia dela, melhor agora que no poder.
Mesmo que a decisão tomada tenha sido fruto de uma chantagem;
o que não é nenhuma novidade; seria mais digno para Marina abdicar de vez do
cenário político e jamais ter voltado ao PT pela porta dos fundos.
Não tem um único ser politizado nesse País que não saiba que
a candidatura Eduardo Campos é a famosa candidatura âncora para a reeleição de
Dilma, serve de base para o segundo turno e lá em 2018, se não houver traição
ou golpe, Dilma apoiará Eduardo Campos em total condição de dar seguimento aos
ideais do genial maquiavelista José Dirceu.
Eduardo Campos é uma pessoa altamente inteligente e sabe,
mais que ninguém, que não há competidor capaz de vencer o Projeto
Bolsa-Família, Minha Casa Minha Vida, e o dinheiro do PAC, além das bases
corruptas soltas nas pontas dos municípios, com CRÁS, cestas básicas, vale gás
e tantas outras mordaças que colocaram no Povo.
Se não foi chantagem: convenceram Marina de que ela mais uma
vez não iria a lugar nenhum, e mais uma vez o poder seduziu, eis a nossa
esperança de liberdade democrática verdadeira, com 20 milhões de fiéis
multiplicadores, relegados por um simples e inexpressivo cargo de vice de quem
não têm nem votação para chegar ao segundo turno.
Tudo como dantes no quartel de Abrantes, como diria meu avô.
E completava pedindo-me para não ficar indignado com os desmandos do mundo porque
o mundo para ele era como uma engrenagem, se os elementos estavam podres estavam
tendentes a esfacelar, mas se tivessem em processo de ajustes, num determinado
momento as partes se encaixariam e o todo voltaria a harmonizar. Uma coisa ele deixou
claro, lógico e racional: A duração de uma engrenagem podre é somente um dente
quebrar, o mais é aguardar o desfecho.
Seguindo o conselho do meu avô, vamos colocar um título de
eleitor na engrenagem podre. É legal, constitucional, possível, lógico e
necessário! Até lá spray de rosas; balas de hortelã, gatilho de urnas eletrônicas
e diplomacia do Título de Eleitor. Nenhum deles! Nenhum!
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